quinta-feira, 12 de julho de 2007

"Vaticano não é um monumento, é o testemunho do martírio de Pedro" - Declara o porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi

CIDADE DO VATICANO - O Vaticano não é um monumento, é o testemunho do martírio de São Pedro, explica o porta-voz da Santa Sé.

O padre Federico Lombardi S.J., explica o sentido da festa dos santos Pedro e Paulo (29 de junho), que a Igreja acaba de celebrar, no último editorial de «Octava Dies», semanário produzido pelo Centro Televisivo Vaticano, do qual é diretor, transmitido por canais de televisão de todo o mundo.

«O Vaticano não é um conjunto de monumentos, por mais preciosos que sejam, nem uma sede de instituições, por mais prestigiosas e influentes que sejam», declara.

«É antes de tudo o lugar histórico e espiritual do martírio e do túmulo de Pedro: onde testemunhou com seu sangue essa fé sobre a qual se segue baseando a nossa, unindo-se através do tempo como uma corrente ininterrupta de testemunhos de fé».

Ao Vaticano há que vir, ilustra o sacerdote, para voltar a pronunciar «com Pedro e com seu sucessor a profissão de fé: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”».

«Sobre este fundamento, a Igreja se mantém unida --acrescenta o padre Lombardi--. Por este motivo, a cada ano, os novos arcebispos, responsáveis pelas diferentes províncias da Igreja Católica, vêm para pronunciar neste dia seu juramento de fidelidade ao sucessor de Pedro e receber de suas mãos o sinal do pálio, que levarão sobre os ombros para manifestar sua união com ele, ainda que estejam distantes».

«Por este motivo, todos os anos, os representantes do patriarcado ecumênico ortodoxo de Constantinopla vêm a Roma para participar das celebrações, sabendo que em nenhum lugar como neste há que rezar para manter a união e pedir a Deus que a faça cada vez mais plena. Ocidente e Oriente crêem e têm esperança juntos», recorda o porta-voz.

«Mas alguém não só vem a Roma: desde Roma há que partir. Paulo veio para morrer em Roma, o centro do mundo, para que o Evangelho se difundisse para todos os confins da terra. O Papa convocou um “ano paulino” [junho de 2008 - junho de 2009] dois mil anos depois do nascimento do apóstolo», acrescenta.

«A Igreja vive para a missão, para anunciar esse Cristo no qual crê, para dar a conhecer o amor de Deus por todo o mundo. Só por isso. É o mais importante de tudo», conclui.


Por Zenit.org

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