quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

São Sebastião: 59 anos de fé e devoção

A Paróquia de São Sebastião, no Alecrim – Natal, festeja, nos dias 11 a 20 de janeiro, sua 59ª festa de padroeiro, a mais tradicional das manifestações católicas do bairro do Alecrim, testemunha de uma grande demonstração de fé em Cristo e devoção ao santo defen-sor da Igreja. Ele, que nos tempos de maior perseguição aos cristãos, lhes dava conforto e o testemunho de Jesus, principalmente aos que padeciam nas mãos do império romano.

São Sebastião ingressou na poderosa legião romana ainda muito jovem e chegou ao posto de comandante do exército pretoriano no reinado de Diocleciano, um dos mais cruéis assassinos de cristãos da história, comparado apenas ao próprio Nero. Convertido ao cristianismo e descoberto pelo imperador foi considerado traidor e condenado a morte. Para cumprir a sentença, o amarraram a um tronco e o feriram com flechas para que sua morte fosse lenta e dolorosa. Sobrevivendo aos seus algozes, considerou sua recuperação um milagre de Cristo, passando a difundir com mais força ainda a palavra de Jesus em todos os lugares onde esteve, inclusive para o próprio imperador, chamando-o ao arrependimento e ao perdão. Aprisionado mais uma vez, foi espancado até a morte e depois decapitado como garantir que dessa vez estava realmente morto, mas até o último minuto foi testemunha fiel da fé em nosso Senhor.

É por esse exemplo de fé que se tornou padroeiro em diversas cidades do Rio Grande do Norte e de uma das capitais mais importantes do Brasil, a qual, também, emprestou seu nome: São Sebastião do Rio de Janeiro. Natal, como capital e pólo mais desenvolvido do Estado, acolhe pessoas vindas de todas as partes. No meio delas, muitos devotos que mesmo distantes de sua terra mãe, não esquecem sua devoção, nem as graças alcançadas e, religiosamente, cumprem um ritual de agradecimentos e preces ao santo padroeiro.

Pequenas e grandes caravanas, famílias, casais, políticos, autoridades ou apenas pessoas anônimas se confraternizam pela fé e devoção em meio ao vai e vem de pagadores de promessas que acompanham o cortejo pelas ruas do bairro do melhor lugar possível. Enquanto alguns acenam das sacadas de casas, construídas no início do século passado, outros lançam fogos pelas janelas de modernos apartamentos que contrastam com o popular comércio local que pára, mesmo que momentaneamente, para observar a multidão de vermelho e branco, em cânticos e louvores atrás do andor, relembrando aos que esfriaram na fé e aos que ainda não conhecem Jesus, que a Igreja está de portas abertas para recebê-los.


Por Janeilson Mafra - Coord. da Pascom na Paróquia São Sebastião - Alecrim

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